quarta-feira, 26 de junho de 2013

A EVOLUÇÃO E TENDÊNCIA DOS MERCADOS

Nos tempos da minha infância , vivida nos anos sessenta pelo interior de São Paulo, o comércio de cada cidade tinha características muito peculiares .As lojas, os armazéns de secos e molhados, as farmácias, os açougues, as padarias, tudo era diferente de uma cidade para outra.
Os donos, as fachadas e o tipo de atendimento eram próprios de cada cultura.
Naquele tempo era muito diferente estar em Sorocaba ou em Piracicaba. Cada cidade constituía um bloco econômico isolado, independente.
No meu tempo de juventude vivida nos anos setenta já se sentia um forte efeito de padronização . Surgem grandes redes de supermercado que incorporam os açougues e as padarias e as lojas começam a  ter fachadas e nomes iguais em diferentes cidades.
No final dos anos oitenta ,apesar da  economia estagnada, surgem as redes internacionais no comércio brasileiro . Já se vê nas fachadas nomes vistos em outros países.                                                                                                             Mas foi nos anos noventa que a coisa mudou  por completo. Quebraram-se os feudos e a concorrência passou para o plano globalizado com o rompimento da barreira entre países . Os pequenos negócios foram sendo substituídos pelas grandes companhias que operando num plano mais amplo ,conseguem condições de competitividade muito melhores e acabam liquidando com os pequenos.
Estes grandes conglomerados que acabaram por monopolizar os negócios de todo o mundo, nada mais são que as empresas que souberam aplicar metodologias adequadas para a redução dos seus custos e ganharam a competitividade.
Mais do que ser uma reação a tempos difíceis ,os cortes de custo constituíram formas para as empresas fazerem melhores negócios.
Manter os custos sob controle deixou de ser  uma questão de opção ,e passou a ser uma questão de sobrevivência. Nenhum cliente  estava mais  disposto a pagar pela ineficiência do seu fornecedor.
O mesmo ocorreu nas indústrias e nas empresas de serviços. A competitividade num plano internacional passou a exigir melhores sistemas de gestão e controle e aprimoramento da qualidade, inclusive com certificação de normas internacionais. Surge na análise da qualidade das empresas fatores ligados ao meio ambiente e ao papel social , além dos fatores ligados a segurança do trabalho e nivel de vida pessoal do empregado.
A EVOLUÇÃO DOS PRODUTOS E DA CONCORRÊNCIA

No tempo atual e nos próximos anos o mercado consumidor tende a sofrer profundas mudanças e isto acabará refletindo no perfil das empresas que terão de adaptar-se.
As empresas tem de flexionarem-se mais para o seu papel social  e para a qualidade dos produtos e serviços. O envelhecimento da população exigirá produtos específicos para pessoas com mais de 60 anos. A ascensão social das camadas mais pobres da população aumentará a demanda por produtos populares. O consumo de produtos saudáveis também é uma tendência diante da melhor orientação alimentar das populações. A consciência ambiental fortalece os produtos de maior eficiência e ética. O consumo precoce traz a necessidade de produtos para as populações infantis. As vendas pela internet se tornam inevitáveis. A praticidade e especificidade dos produtos também serão cada vez mais exigidas.
Em função destas mudanças, a indústria brasileira vem perdendo a  competitividade no mercado interno e não tem conseguido ampliar o mercado externo.. Daqui para a frente, a vantagem competitiva será das empresas que souberem fornecer produtos de qualidade com preços que caibam no bolso do consumidor brasileiro.e tenham potencial de preço e qualidade para competir nos outros mercados. Para tanto a adoção de uma administração voltada principalmente aos custos de produção e qualidade torna-se fator primordial.



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