Pareto-criador dos principios |
Após a definição dos grandes grupos de custo ,separados de acordo com a natureza de cada custo a tarefa seguinte será a classificação quanto a importância de cada grupo.
Para isto pode-se utilizar uma técnica estatística
denominada “gráfico de pareto” ,que recebeu este nome em razão do nome do seu
inventor.
Para se montar o gráfico ABC ou diagrama de Pareto segue-se os seguintes passos:
1) RELACIONA-SE OS GRANDES GRUPOS DE CUSTOS E O SEU VALOR MÉDIO POR PERÍODO (levantamento de pelo menos 12 meses).
2) CALCULA-SE A PARTICIPAÇÃO DE CADA GRUPO
NO TOTAL EM PORCENTAGEM (%)
3) CLASSIFICA-SE COMO GRUPO “A” AQUELES DE
GRANDE PARTICIPAÇÃO
4) CLASSIFICA-SE COMO GRUPO “B” OS DE
MÉDIA PARTICIPAÇÃO
5) CLASSIFICA-SE COMO GRUPO “C” OS DE
PEQUENA PARTICIPAÇÃO
6) DISPÕE-SE DE FORMA GRÁFICA
EXEMPLO DE PLANILHA
PARA EXECUÇÃO DO GRÁFICO ABC
CLASSIFICAÇÃO
GRUPO A – Mão de Obra Direta -
40,5 %
Matéria
Prima -
22,5 %
GRUPO B - Mão de Obra
Indireta - 8,1 %
Despesas Comerciais - 7,9
%
GRUPO C- Despesas Tributárias -
6,8 %
Material de consumo - 5,6 %
Despesas administrativas - 4,7 %
Despesas Financeiras - 4,1 %
GRAFICAMENTE TEREMOS:
Exemplo de Gráfico ABC (Diagrama de Pareto) dos custos |
ANÁLISE DOMODELO :
Portanto no modelo exemplificado os itens Mão de Obra Direta
e Matéria Prima representam juntos mais de 60 % do custo e constituem o grupo
“A”.; os itens Mão de Obra Indireta e Despesas Comerciais representam cerca de
20 % e constituem o grupo “B” e os demais itens representam os restantes 20 %.
Assim sendo os grupos “A” e “B” constituem 80 % dos custos.
3.4) DEFININDO PRIORIDADES
Após a execução do gráfico ABC a tarefa de definir
prioridades na redução dos custos torna-se muito simples. Assim sendo os grupos
classificados como “A” deverão ser os primeiros a serem analisados visto que
qualquer mudança impactará muito mais profundamente. O impacto dos resultados
obtidos pelas medidas adotadas nos grupos B e C tendem a ser menores, porém
nunca devem ser desprezadas.
No exemplo demonstrado no gráfico da fig. 6 os Gastos com
Matéria Prima e Mâo de Obra Direta deverão ser os primeiros a serem analisados
,porém cada empresa tem as suas
peculiaridades e os itens A de uma empresa poderão ser o “C” em outra.
No quadro a seguir demonstramos uma distribuição mais ou
menos comum em alguns segmentos empresariais:
SEGMENTO
|
ITENS “A”
|
ITENS “B”
|
ITENS “C”
|
Indústria de base |
Matéria Prima
Energia
|
Mão de Obra
|
Materiais de consumo
|
Indústria de bens de consumo
|
Mão de obra
|
Materiais de
Consumo
|
Energia
|
Indústria de cigarros
|
Despesas tributárias
Despesas
Comerciais (Marketing)
|
Matéria Prima
|
Materiais de consumo
Energia
|
Prestação de serviços
|
Mão de obra
|
Despesas em geral
|
Materiais de consumo
|
Comércio
|
Despesas Comerciais
|
Mão de Obra
|
O quadro é apenas
ilustrativo visto que cada caso é uma caso ,mesmo dentro de um mesmo segmento.
Portanto é importante que se estabeleça uma análise específica para cada
empresa. O mais importante é que não se gaste um esforço demasiado na análise
de itens insignificantes (C) ,esquecendo-se de olhar para os de impacto no
custo (A).
Cabe ressaltar que a mesma técnica deve ser aplicada para
sub-detalhar cada grupo . Assim numa empresa em que o grupo “A” é constituído
da matéria prima é importante descobrir
quais os componentes da matéria prima são “A”,”B” ou “C” ou numa empresa em que
o grupo “A” é constituído de Mão de Obra é importante descobrir quais os
setores ou funções que tem maior impacto.
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